Artigos de Opinião

Quem pagará a conta do prejuízo na compra do Panamericano?
Por Flaviano Correia Cardoso, candidato a presidente da Chapa 2 - Oposição Unificada

Com um prejuízo direto de 320 milhões e o rombo de ativos podres da ordem de 4 bilhões, compra do banco evidencia prejuízo ao patrimônio público, caracteriza ingerência política na Caixa e anuncia que empregados podem ter que pagar por essa irresponsabilidade.

A compra de 49% das ações do banco de propriedade de empresário Silvio Santos, constituiu-se o mais recente escandaloso caso de mal uso da maquina pública. Depis de uma analise gerencial feita pela rolding dirigida pelo Grupo CAIXA, que possúi inclusive a participação da corretora do pessoal da empresa a compra de 49% das ações envolveu o montante de 720 milhões de Reais. Chamou atenção da opinião pública como uma analise de cerca de 9 meses não identificou a existencia da manipulação de resultados de balanço que anunciavam que, como se constatou depois anunciavam erros de ordem bilionária.

A Caixa resolveu vender o que havia adquirido para o Grupo BTG consolidando um prejuízo direto de 300 milhões de reais, vinculados a um compromisso de crédito facilitado da ordem de 8 Bilhões.

O Episódio deixa sérias dúvidas sobre a existência de uma atitude deliberada do governo em salvar a pele de um dos 10 maiores empresários do país e mostra como recursos públicos podem ser deslocados para interesses alheios ao função da administração pública do país. Essa ingerência traz um clima de decepção dos empregados e o silencia das entidades representativas mostra como estas se tornarem uma verdadeira extensão dos interesses do governo, mesmo nos casos em que estes se ponham em detrimento dos empregados e da população em geral!    

Outra dúvida tira o sono dos empregados: Quem paragará por esse prejuízo ao patrimônio da Empresa?

De olho na próxima campanha salarial, empregados se questionam se este prejuízo não trará uma realidade de maior arrocho para o quadro funcional. As mudanças na direção da Vale do Rio Doce e da Caixa anunciam a presença de gestores conhecidos como "linha dura" no tratamento de interesses do pessoal. Temos que ampliar a nossa organização para exigir a punição de culpados e anunciar: nós não pagaremos por essa crise! Não deixaremos que atribuam aos empregados a responsabilidade por essa operação de salvamento de um dos maiores empresários do país! Resta a nós ampliar a nossa organização e preparar a realização de um forte movimento exigindo da nova gestão compromisso com os interesses dos empregados. Permaneceremos em luta pelo que nos foi tirado no governo FHC e lutaremos firme pela manutenção do caráter preponderantemente público da empresa, em risco com as últimas reestruturações e mudanças. Essa operação restou no desmonte de parte importante dos recursos disponíveis da empresa e foi realizada mesmo com fortes divergências de seu corpo dirigente. O lamentável é saber que além do erro da empresa, restou demonstrado o erro dos dirigentes sindicais dos empregados da Caixa em São Paulo, que além de se omitir, participaram diretamente do episódio na medida em que a PAR CORRETORA (empresa controlada pela FENAE e APCEF's) também participou da analise que antecedeu a compra do banco.

Diente de todos estes desmandos, erros, e ingerências a saída que nos resta é a de FORTALECER A ORGANIZAÇÃO EM DEFESA DOS NOSSOS DIREITOS. Por valorização dos empregados! Pela defesa da Caixa sempre pública e a serviço do povo brasileiro! 

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