Empregados e entidades sindicais em todo país fazem encontro nacional pela Isonomia em 2010 |
Uma nova geração de empregados e empregadas ingressaram em nossa empresa nos últimos anos. Após o período de integração, percebem que o trabalho, a intensidade das filas e a pressão por resultados são problemas mais sérios do que imaginavam. Eles não viveram o intenso processo de desmonte da década de 90, no entanto, junto com os antigos funcionários, percebem que os ataques aos empregados não cessaram, pelo contrário crescem dia a dia.
A razão desse processo é que o projeto para Caixa é abandonar cada vez mais seu caráter social e se tornar um banco totalmente comercial. Assim, se persegue o lucro a todo custo, impõe-se um ritmo de trabalho alucinante e reestruturam o serviço em busca do ganho de escala.
E trabalhando cada vez mais, com um salário rebaixado e com retirada de direitos, nos transformamos na fonte direta do lucro. Lutamos muito e também conquistamos, mas assistimos a nossa condição funcional regredir e são cada dia maiores os nossos problemas. Nossa luta por carreira, jornada de 6h, por saúde e respeito às diferenças, vem sendo protelada.
Existem os que resistem, que não querem deixar a história do banco ser ditada pelos resultados econômicos. Que se sensibilisam ao verem colegas afastados por doenças ocupacionais, que sentem o peso de um trabalho exaustivo na bateria de caixas, no atendimento comercial e social. Toda essa demanda se reverte nas pilhas de processos executados com prazo apertado nas áreas meio e nas celulas de apoio ao atendimento. Onde vamos parar? Foi para isso que lutamos? Para onde vai a Caixa? Essas perguntas foram deixadas para as nossas entidades, transferimos uma responsabilidade que é nossa. O resultado? Nossos interesses foram colocados em segundo plano, a entidade faz negócios com a empresa e não mais entende quais são nossas necessidades.
A cada greve vemos os nossos interesses vendidos em mesas de negociação. E a dignidade de uma categoria com uma forte tradição de luta é cada vez mais ameaçada por uma direção controlada pela empresa e pelo governo!
A solução para o problema segundo a empresa, é a saída individual, onde lutamos uns contra os outros por uma comissão, mas sabemos que não há lugar para todos. Já para a direção sindical atual, a solução são as eternas negociações, que dissociadas da luta real, só ajudam a derrotar os empregados. Para nós, a saída é outra, acreditamos na luta coletiva, que com participação e engajamento podemos mudar!
Por isso, nós da Oposição Unificada, nos dirigimos a todos os funcionários para dizer que estas eleições da APCEF são uma grande oportunidade para mudar os rumos de nossa luta. Podemos recuperar nossa entidade para a luta pelo salário, para o combate ao assédio, para a promoção da integração dos funcionários.É preciso é que você em sua agência ou departamento discuta, colabore e tome em suas mãos a tarefa de resgatar a APCEF e assim construir uma nova realidade em nosso local de trabalho.
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