Acreditamos na participação ativa das empregadas e empregados em seus próprios espaços de organização. A Convenção resgata uma importante cultura dos trabalhadores no que diz respeito a sua concepção sindical, pois é o espaço em que consolidamos, no debate coletivo, a necessidade de dar um basta no método de organização controlado artificialmente nas mesas de negociação e em meio a barganhas políticas.
A unidade da oposição se propõe a renovar o movimento, com firmeza de princípios democráticos e organizativos, afinados com o que de melhor a tradição de luta dos trabalhadores desenvolveu. A organização pela base e o foco na autonomia dos trabalhadores em defesa dos nossos direitos foram eixos que construíram as bases da nossa Conferência!
Autonomia diante do nosso patrão, independência dos partidos políticos e centralidade na organização da base foram eixos programáticos definidos na convenção.
Ressaltamos esses princípios, também, por entendermos que o sindicato, a APCEF, os Fundos de Previdência e a direção da Caixa parecem ter formado uma grande "holding", com o objetivo de reduzir a força dos trabalhadores da Caixa e assegurar os interesses do governo, mesmo que estes signifiquem, para nós, mais arrocho salarial e ataques, como o que já vem ocorrendo nas últimas propostas de reestruturação, na intransigência em avançar em lutas fundamentais para bancários, como a recuperação do poder de nossos salários e a Isonomia.
Além de salários, direitos e condições de trabalho, outro debate da convenção foi a acerca da obscuridade da parceria entre a Caixa Seguros e Par Corretora, uma parceria que tem o apoio da diretoria da APCEF-SP e que além de não ser transparente quanto aos resultados consolida o assédio moral por meio de as metas de vendas dos produtos do grupo.
Wilson (MNOB- Conlutas, Flaviano(Intersindical), Hugo (Bancarios de Base) na mesa da convenção democrática da oposição. Neste fórum empregados consolidaram Unificação da Oposição |
É importante entender de que lado está o Governo Federal. Está evidente que o governo Dilma tem como necessidade mudar o perfil do banco, e construir uma lógica macro-econômica voltada ao arrocho fiscal com evidentes perdas sociais. As consequências dessa política já podem ser sentidas no Banco do Brasil e está em evidente desenvolvimento na Caixa.
Os ataques recentes a Previdência Pública, com o aumento da idade mínima para a aposentadoria, os cortes orçamentários e o ajuste ridículo do salário mínimo mostra claramente que o compromisso desse governo não é com os trabalhadores, mais sim, com a manuntenção do poder nas mãos dos especuladores, banqueiros e mega-empresários! Enquanto isso os empregados das empresas públicas padecem de desvalorização no seu quadro funcional e defasagem em seus direitos e vencimentos. Tudo isso parece ignorar a importância pública dos serviços prestados pelo banco à população e do nosso papel, enquanto empregados, na estratégica missão do banco para a ampla maioria do povo em nosso país!
É para isso que vamos lutar! Para resgatar a autonomia para defender os nossos direitos, ampliando a luta e a mobilização para juntos vivermos melhor e de modo compatível com a importância e o valor do nosso trabalho! A APCEF deve ser nossa, pois nessa luta nós empregados estamos de um lado e a empresa e o governo estão de outro! É o melhor momento para reconquistarmos a nossa entidade!
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