segunda-feira, 28 de março de 2011

Zona Sul: Empregados criticam APCEF por terceirização de funcionários em colônias, questionam ausência de dirigentes e cobram postura na mesa de negociação!

O clima é de profunda insatisfação com a entidade. Em reunião na Célula de Apoio ao Atendimento da Agência Granja Julieta os empregados deixaram claro a sua indignação diante da ausência de trabalho e discussões na base para levantar as reais pautas de reivindicação. Um colega desabafou informando que está prestes a se desfiliar porque não acredita que os dirigentes tenham disposição de lutar pelas demandas dos empregados! "Terminar a greve do ano passado sem isonomia, aceitando a proposta na primeira reunião com a caixa foi um escândalo!". "O que é que o pessoal está pensando? Tá pensando que agente se contenta com os 700 Reais que eles oferecem pra que agente acabe com o movimento", desabafou o colega. Outro empregado do setor disse: "eu acredito no movimento, mas nesses dirigentes não dá mais pra confiar".



No debate discutimos com os colegas que a nossa força está no retorno da organização de base, no trabalho diário de delegados sindicais e cipeiros. É possível flexibilizar decisões gerenciais e normativos se estivermos organizados para questionar as condições materiais e funcionais para a sua implementação. "É preciso manter viva a via da organização coletiva para defender os nossos interesses, a empresa quer nos isolar individualmente, para aumentar a pressão e construir uma lógica de avaliação individual. Estamos aqui para dizer que a maioria dos direitos que temos foram conquistados por nossa luta coletiva e poderemos perdê-los se entrarmos no jogo da empresa e esquecer da força que temos. As condições estão maduras para mudar e a hora é essa!", disse o candidato a presidente da Chapa 2, o companheiro Flaviano Cardoso, que está de férias, é Delegado Sindical a duas gestões e presidente da Cipa do Ed. Sé.

Mais tarde fizemos reuniões nos quatro andares , destinados aos setores de tecnologia e logistica da CAIXA. A participação era voluntária mas a discussão envolveu a ampla maioria dos colegas. Alguns colegas questionaram o fato de a maioria do funcionalismo público obter aumentos e reposição das perdas do periodo FHC sem que o mesmo acontecesse com a Caixa: "temos que fazer uma campanha pública sobre isso, perder na massa salarial é desvalorizar o quadro funcional da empresa, se formos a dissídio é preciso questionar o judíciário do porque eles recebem reajustes altos como reposição e nós não", disse um colega do 3º andar do prédio, indignado com as decisões dos dissídios coletivos no que diz respeito aos empregados Caixa! Criticaram o fato de greves fortes como a do ano passado terminarem sem o fim da discriminação para quem tem Reg Replan não saldado e elogiaram o fato de auditores da Audir estarem compondo a Chapa. Nesse clima, e em meio a declarações de voto na Chapa 2, deixamos o prédio! A campanha da Chapa 1 ainda nem começou e nós já esgotamos 20 mil exemplares do nosso primeiro jornal. Saímos com a certeza de que os empregados acreditam na vitória! É preciso estar vigilantes durante a votação!

Os debates na unidade contunuaram mesmo com a nossa saída.

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